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14 de junho de 2015

[Citação]: A Festa é Minha e eu Choro se eu Quiser (Maria Clara Drummond)

Na resenha sobre o livro A Festa é Minha e eu Choro se eu Quiser (Maria Clara Drummond) há comentários acerca da simplicidade da obra, que inclusive é uma das características mais notórias da trama. Ela se apresenta por meio de vários trechos legais, e eu gostaria de mostrar alguns deles à vocês. Apreciem!!  :))
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"São as festas, são as meninas, os amigos badalados que te querem sempre por perto, é ouvir toda hora você é o máximo! de pessoas que também são o máximo... (...) ganhar mais e mais dinheiro e conhecer mais e mas gente e assim vai crescendo seu status e sua suposta felicidade, que na verdade já deixou de ser felicidade há muito tempo, lá na sua primeira conquista, e agora é só um turbilhão de acontecimentos instagramados que vão se multiplicando..." [P. 11]

"Para tudo na vida existe ressaca, mesmo sem álcool, mesmo sem drogas, mesmo sem mar. E isso é muito chato." [P. 27]

"Enfim, é tudo a mesma coisa, competição boba por valores imaginários. Porque felicidades, que é o que todos deveriam almejar, em vez dessas bobices mundanas, não é palpável nem verificável, mesmo no mundo abstrato dos sentimentos. A felicidade é além-sentimento.  (...) E por ser tão difícil, tão imaterial e além-abstrato, desistimos dela por princípio e tentamos nos contentar com bobices terrenas." [P. 31]

"Quem sou eu? Minha tristeza é inerente à minha personalidade ou apenas uma doença a ser tratada para que eu possa voltar a estar saudável? Se todo mundo sofre, por que preciso abreviar esse sofriimento com um remédio?" [P. 41]

"Parece que é preciso um esforço enorme para aceitar a dor como fato da vida. Sou mimado e quero a felicidades logo." [P. 57]

"Há um bloqueio criado por nós em algum lugar da nossa alma que separa o que nós somos e o que nós mostramos para o mundo, e o resultado disso é que todos somos superficiais e deprimidos ao mesmo tempo. São duas esferas que lutam dentro de nós - a depressão tenta nos aprofundar forçosamente e a insustentável obrigação de sermos felizes o tempo todo torna a superficialidade a única escolha a ser feita." [P. 67]
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Fica aí mais uma vez a dica para quem tá à procura de enredos que tratem os problemas da nossa geração, ou para aqueles que curtem uma boa filosofia de vida. Recomendo!
Até mais!


Um comentário:

  1. Realmente, Fran, os trechos são simples mas muito significativos. Gostei principalmente do terceiro, do quinto e do último. Na verdade, me identifiquei com o último. [rs] Acho que iria mesmo gostar de ler esse livro. Ótimo post.

    Beijos!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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