Antes de encarar a leitura de As Mil Noites (E. K. Johnston), que aliás já fora resenhado por aqui, decidi conferir o enredo proposto por Renée Ahdieh, em A Fúria e a Aurora. Ambos foram lançados esse ano e trazem basicamente a mesma proposta: recontar um dos maiores clássico da literatura universal, as histórias de As Mil e Uma Noites.
A ideia de ler um seguido do outro surgiu com o intuito de fazer um comparativo das obras. Como já falei por aqui a minha opinião sobre As Mil Noites, nada mais justo do que falar agora sobre A Fúria e a Autora, nem que seja por meio de uma indicação. Então vamos lá!
Na trama, Khalid Ibn Al-Rashid é o rei de Khorasan, considerado um monstro pelos moradores de sua cidade. Um dos motivos é porque, todos os dias, ele se casa com uma mulher diferente para degolar as eleitas a cada amanhecer.
Uma das várias garotas assassinadas é Shiva, melhor amiga de Sherazade, que se candidata ao posto de noiva com sede de vingança. Assim, noite após noite, Sherazade seduz o rei, tecendo histórias que encantam e que garantem sua sobrevivência, embora saiba que cada aurora pode ser a sua última.
No entanto, sua convivência duradoura com o rei dá a ela a chance de enxergar um homem com um coração atormentado. E assim ela se apaixona por por ele, o que a deixa num grande conflito: Shererazade deve encarar seus sentimentos, ou manter-se fiel à promessa que vez à amiga?
Sim, a trama segue com a proposta bem parecida à original, o que já difere bastante de As Mil Noites, que inova trazendo um enredo bastante peculiar. Mas aqui também temos particularidades bem interessantes, como diversos personagens reais, que incrementam e guiam a história, deixando o leitor preso e repleto de curiosidade sobre como tudo isso irá acabar.
É claro, estamos falando de uma prosa, e isso significa que a história precisa ter embasamento para se sustentar. Quanto isso eu garanto que a autora soube fazer super bem... pelo menos nesse primeiro volume. Pois é. Após a minha leitura e a frustração de me deparar com um desfecho pouco conclusivo, descubro que a trama, na realidade, será composta por uma trilogia. Agora está explicado; ainda tem muita coisa pela frente...
Recomendo demais para quem procura uma leitura leve e cativante. Não me senti perplexa ou extremamente apaixonada pela obra, mas me encantei e gostei demais do que li. Torço para que os próximos livros tenham um nível ainda mais alto. Estou confiando na Renée!
Se já estava curiosa por esse livro agora estou realmente interessada, Fran. Pelos seus comentários vejo que é uma trama realmente instigante, acho bacana quando um autor consegue dar uma nova visão sobre uma história clássica sem deturpá-la totalmente. Verdade que às vezes trilogias são um tiro no pé, mas se você confia na autora deve ser bom mesmo. Vou procurar. Ótimo post.
ResponderExcluirBeijos!
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