Em parceria com a Editora Arqueiro, trouxe a vocês uma resenha de um dos lançamentos mais recentes cedidos por eles como cortesia para que a obra seja explanada no blog. Portanto, apreciem!


Título: Nunca Diga Adeus
Autor: Doug Magee
Edição: 1
Editora: Arqueiro
Páginas: 9788580410488

ISBN: 240
Nota: 4 de 5

Nunca Diga Adeus, obra escrita por Doug Magee, é uma entre tantas, dotada de uma narração agitada e de um enredo delirante, mas especial em sua descrição.

O livro nos conta a história de Sarah, uma menina de apenas nove anos que está prestes a viver uma grande aventura, talvez a primeira e a mais memorável da sua vida: sua primeira viagem sozinha em uma espécie de acampamento como colônia de férias. Esta tinha tudo para ser feliz, mas logo acabou se transformando em um terrível pesadelo. Não apenas Sarah, mas Linda, Franklin e Tommy,que também iriam ao acampamento, acabam sendo sequestrados por um desconhecido, que se passou por motorista/monitor da agência. Sem o marido para ajudá-la, Lena, mãe de Sarah, descobre horas depois acerca do sequestro, e se vê sozinha e desesperada. David, pai da menina, saiu de casa cedo dizendo que recebera uma ligação do trabalho. Acontece que, na realidade, eles estão em crise, e o casamento não está nada bem. Será que o sequestro de Sarah irá uni-los ou separá-los ainda mais? Eis o conflito.
Algumas horas mais tarde, os criminosos enviam um e-mal exigindo 1 milhão de dólares para libertar as vítimas. Isso incide, no entanto, que as condições para a entrega do dinheiro lançam suspeitas sobre alguns dos pais, e os casais começam a se voltar uns contra os outros, expondo seus segredos e relacionamentos já desgastados. É neste suspense de tirar o fôlego, que o desespero e a ganância que algumas pessoas levam a decisões impensáveis, mas a fé e a intuição sempre podem superar as dificuldades. Isso se realmente todos estiverem dispostos a crer.


Temos um enredo com trinta e cinco capítulos e uma narrativa ofertada em terceira pessoa. Embora o foco ainda seja a própria Sarah e os seus pais, os outros personagens recebem a mesma atenção. Este é um fator bacana, pois isso proporciona ao leitor uma análise do caso na percepção de todos. Os capítulos são estruturados através das situações... é feita uma mescla que dinamiza a leitura, tornando-a mais estimulante (em minha opinião). Ora é mostrada uma situação com as crianças, ora é apresentada a evolução do caso e a busca incansável dos pais. Havia também situações sobre o sequestrador, deixando a leitura instigante de verdade. 

Embora os pontos positivos citados sejam totalmente consideráveis e importantes, confesso que as primeiras cem páginas possuem (no meu ponto de vista) um ritmo mais lento. No meu caso a história só engatou logo depois, quando o rumo da história se tornou mais sério, e os conflitos de diferentes partes inundaram o livro no mesmo patamar. O sequestro das crianças era o essencial (claro!), mas as subversões entre os pais também ganharam um grande destaque. Alguns fatos, embora imprevisíveis em meio à narrativa, não foram extremamente originais, mas o autor soube surpreender. O epílogo, por fim, foi surpreendente e totalmente inesperado. Uma das coisas que mais gostei no livro, devo admitir.

Nunca Diga Adeus é apreensivo, e, embora não seja exatamente cheio de suspenses, sabe como prender e envolver graças à forma satisfatória como o autor introduziu o leitor a realidade, ofertando pitadas de conflitos e aflições, mostrando acontecimentos que qualquer um é sujeito a passar. Gostaria de acrescentar ainda que eu acredito sinceramente que tudo na vida tem um propósito (ou quem sabe um alvo), seja a ocorrência boa ou ruim, feliz ou angustiante. Os resultados disso tudo só é visto depois, e mesmo que os efeitos não sejam satisfatórios, aquilo ainda continuará tenso um sentido próprio, basta se permitir enxergar. Talvez isso se enquadre perfeitamente nesta obra... quem sabe, não é?

Indicado a todos que procuram uma história de leitura rápida, realista e sem grandes expectativas de individualidade.



[...] Aos poucos, Lena perdia a esperança. Ela se perguntou se Sarah, que tinha uma confiança inquebrantável, enfrentava as dificuldades sem sofrer tanto quanto ela. Tentou parar, mas não conseguiu. Talvez pela primeira vez desde o início da tragédia, ela tenha contemplado a possibilidade de nunca mais falar com a filha. Então largou o corpo numa poltrona quando ouviu um trovão ao longe.  
Pág. 162

4 Comentários

  1. Esses livros assim sempre são muito fortes
    Nunca li nada assim, mas posso imaginar a tensão
    Amei a resenha

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com.br

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  2. Olá Fran!!!
    Eu realmente fiquei muito interessado no livro desde o lançamento.
    Pareçe ser uma leitura muito boa..apesar de ser uma estória sobre sequesto..deixando uma atmosfera de tensão^^
    Mas acho que esse assunto é delicado de se tratar...principalmente quando diz respeito a sequestos de crianças..acho que realmente tem que saber escrever e estruturar a estória e personagens...
    Ótima resenha Fran!!! ^^

    Abraços
    Ronaldo - Livro sobre Livro
    livrosobrelivro.blogspot.com

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  3. Ah, estou realmente louca para ler esse livro já faz um bom tempo, como sempre fiquei sem palavras quanto a sua resenha, particularmente gosto bastante de leituras rápidas, pena que nas cem primeira páginas o livro é lento, isso geralmente costuma de desanimar. Mas enfim, ótima critica :D

    Beijos&beijos
    Book is life

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  4. Sempre digo que quem escreve suspense e romance policial é gênio. Nossa, livros assim são maravilhosos! Há pouco tempo, li Identidade Roubada, publicado pela Arqueiro também. Amei! E agora fiquei super curiosa pra saber o que é que tem nesse epílogo... Se as crianças serão libertadas, quem mandou sequestrá-las, se o final será feliz... Eita! Sua resenha tá mesmo muito boa, parabéns.

    Encontrei seu link no Estante Vertical e já estou seguindo, viu?

    Beijos!

    Isie Fernandes - de Dai para Isie

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