Olá, pessoal!

Vamos à resenha dessa semana?  Desta vez ela será de um livro cedido pela Arqueiro como cortesia para mais comentários aqui no blog. Portanto, vejam abaixo minhas conclusões finais, e fiquem a vontade para opinarem sobre.  ;)

Título: A Linguagem das Flores
Autor: Vanessa Diffenbaugh
Edição: 1
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
ISBN:  9788580410174

Nota: 4 de 5

– Significa que só existe uma definição, um único significado para cada flor. Como o alecrim, que significa...
– Recordação – falei. – Segundo Shakespeare, seja lá quem ele for.
 Pág. 65

Comovente, inspirador e reflexivo. Assim é A Linguagem das Flores, livro de estréia de Vanessa Diffenbaugh. 
O enredo gira em torno de Victoria Jones, uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram. 
 
Assim, Vanessa Diffenbaugh acaba por cria uma heroína intensa e inesquecível. Tratando com cuidado e sensatez questões como o arrependimento, o perdão e a capacidade de amar, A Linguagem das Flores se mostra, antes de qualquer coisa, uma história de devoção que trata lindamente o perdão e o amor. Além disso, torna-se perceptível o amadurecimento que muitos personagens tiveram em meio à trama, mostrando que nós também somos capazes de crescer e desenvolver nossos modos e nossa forma agir. São através dos nossos erros e anseios que nos tornamos pessoas melhores, e o fato de Victoria não ter esquecido o seu passado, por mais doloroso que tenha sido, isso deu a ela maturidade suficiente para enfrentar os novos desafios que a vida lhe deu, e essa é uma das lições mais bonitas que o enredo proporciona. 
 
O livro foi escrito e dividido em quatro partes, onde estes foram intitulados de Cardo, Um Coração Inexperiente, Musgo e Recomeços, respectivamente, resultando em um total de 59 capítulos. Todos são muito leves e intensos, e a leitura flui muito serenamente. Embora os títulos das divisões da obra não signifiquem muita coisa de antemão, garanto que eles possuem um sentido próprio e original, e isso você descobrirá com a realização da leitura. O desenrolar da trama acontece através de uma mescla do presente com o passado, alternando entre os capítulos. Parece confuso, mas a autora soube bem como fazer ambos os direcionamentos, e o que era para ser equivocado, acabou tornando-se instigante, estimulando e muito a leitura.
 
Outro fator interessantíssimo da obra, e na qual eu não posso deixar de citar, é que após o término da leitura, a autora disponibiliza um dicionário completo com o significado de todas as flores organizadas em ordem alfabética. É mágico, e torna-se impossível não se apaixonar pelo encanto delas. No mais, quero acrescentar que o enredo te conquista, te prende, e além de te fazer refletir, proporciona diversos momentos de aprendizado acerca da vida e da relação que temos com o próximo. 
 
Fiquei extremamente surpresa e encantada pela qualidade que a história de A Linguagem das Flores possui. É denso, tocante, complexo, mas ao mesmo tempo gentil, delicado e sensível. Uma obra de cunho compassivo e humano, na qual todos deveriam apreciar! Indicado, e aprovado. 


– Estou falando da linguagem das flores – disse Elizabeth. – Ela surgiu na era vitoriana, quando as pessoas ainda se comunicavam por meio das flores. Ao receber um bique de um rapaz, as moças corriam para casa a fim de tentar decifrar sua mensagem secreta. Rosas vermelhas significam amor; as amarelas, infidelidade. Então os homens precisavam escolher as flores com cuidado.
Pág. 33

Um Comentário

  1. Ainda não tive oportunidade de ler este livro
    Mas essa estoria parece ser realmente linda
    E muito marcante o fato dela não ter familia

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com

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