Olá, queridos! Como vão?
Este é um dos clássicos que me propus a ler para o desafio dos ''Sete Clássicos em 2012''. Eis que vos trago, portanto, meus comentários e ponto de vista acerca do livro. Apreciem.
Título: A Cor Púrpura
Autor: Alice Walker
Edição: 1
Editora: Jose Olympio
Páginas: 336
ISBN: 8503010313
Edição: 1
Editora: Jose Olympio
Páginas: 336
ISBN: 8503010313
Nota: 3 de 5
Vencedor do Prêmio Pulitzer de Ficção, A Cor Púrpura, escrito
por Alice Walker, tornou-se sucesso de público e crítica desde 1983, época em
que a obra foi publicada originalmente nos Estados Unidos. Aclamado acima de
qualquer outra coisa por sua sensibilidade, o livro acabou sendo traduzido para
mais de vinte línguas dois anos mais tarde, sendo assim considerado um clássico
comovente e rico em ensinamentos.
A narrativa centra na história de Celie, e se passa no sul da
América no início do século XX. Negra e semianalfabeta, esta é sujeita a passar
grande parte da sua vida separada de sua amada irmã, Nettie. Celie fora
violentada por seu pai aos 14 anos de idade, tornando-se mãe de duas crianças,
e perdendo a capacidade de engravidar novamente logo em seguida. Doada e
tratada como escrava pelo marido na qual não amava, nossa protagonista passa a
viver longe daqueles que possui uma afeição verdadeira.
Dessa forma, Celie sente-se cada vez mais solitária e triste,
descobrindo através das cartas uma forma válida de manter a sanidade em um
mundo onde a mesma não possui voz. Assim, ela começa a escrever...
primeiramente suas cartas são endereçada a Deus, e embora não tenha o domínio
da escrita de forma aprimorada, narra da forma que sabe seu cotidiano, seus sentimentos;
depois passa a escrever e trocar cartas com sua irmã Nettie, que acabou se
tornando missionária na África. Segundo a trama se desenvolve, Celie revela seu
espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor, coisa na qual ela não
era capaz de enxergar.
A Cor Púrpura é um livro simples, mas apesar disso, bastante
complexo e pensante. Narrado em primeira pessoa e dono de uma linguagem
bastante alegórica, percebemos no ato da leitura que a autora não limitou sua
composição, mostrando abertamente como era de fato a escrita quase analfabeta
de Celie. Em outras palavras, a forma como a própria protagonista escreve suas
cartas é capaz de confundir o leitor, e, caso não seja dada a devida
atenção que a obra merece, fatos passarão despercebidos. No meu caso a leitura
fluiu, sim, mas não da forma leve na qual pensei que estaria sujeita a
enfrentar. Os personagens são camuflados, e suas respectivas personalidades são
reveladas aos poucos através das cartas. Os capítulos (que são as cartas, pois
o livro todo é situado nisso) são curtos, mas cheios de relatos. A impressão é
que até certo ponto da trama nós temos, na realidade, um diário em mãos.
Não há dúvidas quanto ao valor do livro, tampouco de sua
qualidade. Ele comove, emociona e nos põe em prova sobre o que a liberdade
representa hoje para nós. A obra transmite uma bravura indescritível, e nos faz
pensar também acerca do fato em si que, infelizmente, era bem comum no século
passado. O preconceito fazia parte da sociedade de forma direta, e o descaso e
a falta de direitos e valores era fatídica. Mesmo assim, devo confessar que não
fiquei surpresa ou encantada com a narração de modo geral. Não ignoro o valor
que a obra possui, e até acho que ela deve sim ser apreciada. O fato de ela ser
somente uma obra-prima publicada naquela época, onde, com toda a certeza,
quebrou certos tabus e ganhou espaço no mundo inteiro, já é bom o bastante para
merecer ser contemplada. Mas, ainda assim, não me maravilhou ao extremo.
Indicado a todos os admiradores de enredos que lide
com sentimentos capazes de gerar discussões e reflexões.
[...] O Samuel também estava com um
jeito meio triste, mas logo ele se animou um pouco e nos lembrou que temos uma
grande vantagem. Nós não somos brancos. Não somo europeus. Somos pretos que nem
os africanos. E nós e os africanos estaremos trabalhando junto por um objetivo
comum: uma vida melhor para os negros do mundo todo.
Pág. 156
Confesso que não conhecia esse livro, nunca nem sequer tinha ouvido falar. No entanto, sua resenha me deixou curiosa, não é o meu gênero de leitura preferido, mas particularmente gosto bastante quando um livro gera discussões e reflexões. Enfim, como sempre sua resenha ficou muito boa.
ResponderExcluirBeijos&beijos
Book is life
Eu sou doida pra ler esse livro! :t
ResponderExcluirparabéns vc tem parceria com a sextante um de minhas editoras favoritas♥
ja estou seguindo e
te convido para meus sorteios ok
será uma honra
te espero
Bjão ✿◠‿◠)✿
/(.”)__☆
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www.coisasdeladdy.com
Eu gosto de clássicos, amo a leitura rebuscada que temos quando lemos eles, me parece que nesse é diferente, e eu amaria lê-lo e ver como é, o fato do livro ter capítulos inteiros como cartas também me interessou, além do tema do preconceito e dos valores daquela época serem diferentes do nosso atuais.
ResponderExcluirÓtima resenha ><
Beijos
Meu outro lado
Também nunca tinha ouvido falar neste livro, mas se gera uma reflexão deve ser muito bom mesmo.
ResponderExcluirParabéns pela resenha, está muito bem feita.
Estou seguindo aqui, segue o meu tbm ;)
http://foolishhappy.blogspot.com.br/
xoxo
Adorei a sua resenha, ficou ótima. Fiquei curiosa para ler este livro, admito que tenho ele aqui na minha estante mas, nunca li, mas acho que isso irá mudar em breve, assim que tiver tempo, eu o pegarei para ler.
ResponderExcluirBeijos.
http://palavrasdeumlivro.blogspot.com.br/
Eu tenho muita curiosidade para ler esse livro. Já vi o filme - excelente por sinal - e me vi imersa na história de uma forma única. Achei muito legal mesmo.
ResponderExcluirAcho que o livro vai fazer com que essa sensação seja ainda mais aguçada. Fiquei no desejo de ler agora. haha
Um beijo,
Luara - Estante Vertical
Nunca tinha ouvido falar do livro, mas fiquei curiosa e com vontade de ler.
ResponderExcluirAdorei saber que os capítulos são em forma de cartas, li 2 livros da Meg Cabot que eram escritos em forma de e-mails e achei bem legal.
Mais um livro pra minha listinha de "quero ler" heheeh :p
Fran, assisti ao filme de "A Cor Púrpura" e achei a história extremamente emocionante, triste e de superação ao mesmo tempo.
ResponderExcluirPelos seus comentários, não sei se a leitura em si me interessa, mas são notáveis os motivos que a levam a ser um clássico, tantos fatos comporta.
Beijinhos!
Ana - Na Parede do Quarto
Oi Fran!
ResponderExcluirOs valores destacados no livro são realmente importantes, demonstrar como foi aquela epóca.
Apesar de minha falta de interesse no livro.
PARABÉNS pela sua resenha :D
Beijos :*
Natalia. http://www.musicaselivros.blogspot.com.br/
Li este livro há muito tempo e adorei! Comecei por conhecer a história pela versão cinematográfica de Steven Spielberg e não pude deixar de ler. Adorei!
ResponderExcluirPara quem quer ler, encontrei para baixar grátis:
http://portugues.free-ebooks.net/ebook/A-Cor-Purpura
Boas leituras!