Hoje é dia de AL, pessoal!  \Õ/



Adaptações Literárias consiste em apresentar, discutir e argumentar 
sobre filmes que deveriam ganhar vida nas páginas físicas dos livros. 
Coluna ofertada uma vez por mês pelo Roger.


Filme: Sucker Punch (Sucker Punch - Mundo Surreal)
Roteiro: Zack Snyder e Steve Shibuya
Direção: Zack Snyder
Elenco: Emily Browning como Babydoll;
Oscar Isaac como Blue Jones;
Carla Gugino como Dra. Vera Gorski.

Um dos meus filmes prediletos de 2011, "Sucker Punch" dividiu o público com o seu enredo considerado confuso e não muito esclarecedor. Conheci várias pessoas que amaram o filme, assim como eu, e outras que odiaram, ou por não compreender bem a proposta entregue pela película ou porque não tiveram paciência para acompanhar, e refletir, sobre o que o filme falava.

Começando o prólogo tocando um cover melancólico de "Sweet Dreams (Are Made Of This)", cantando pela própria Emily Browning - a protagonista Babydoll -, a cena de abertura nos conta como a vida de "Baby" muda drasticamente após a morte da mãe. Tudo acontece logo após o enterro onde, ansioso por herdar a herança da mulher, o padrasto de Baby e de sua irmã mais nova perde a cabeça ao descobrir que nada foi deixado para ele. Tudo ficou no nome das meninas e, enlouquecido, ele vai confrontá-las em seus quartos. É aí que, desesperada para salvar a irmã, Babydoll pegar a arma que se encontrava no escritório e, ao mirar para matar o seu padrasto, acaba errando e a bala atinge sua irmã, causando a morte da pequena. Desgraçada, nossa protagonista tenta fugir, mas acaba sendo encontrada pela polícia com a ajuda do homem que pretendia matar mais cedo, e por fim sendo levada para uma instituição psiquiátrica onde é, para sempre, internada. E é nesse tom sombrio que "Sucker Punch" percorre o filme todo.

Após chegar a instituição psiquiátrica, Babydoll descobre que em 5 dias irá sofrer uma lobotomia e, para fugir de sua tenebrosa realidade, passa a imaginar que vive em um mundo completamente diferente. Nesse refúgio, ela não está mais em um "manicômio", mas sim em um bordel. E é nessa realidade onde ela faz amizade com a insegura Blondie, a doce Amber, a ranzinza Sweet Pea e a gracinha-cute-cute" Rocket (Ok! Opinião pessoal! rs) e onde começam seu plano para fugir dali. E, apesar dos boatos de que é impossível sair daquela "prisão", as meninas veem um modo de escaparem quando percebem que Babydoll hipnotiza a quem a assiste quando dança. E é a dança que será a principal aliada das garotas nessa desventura.

"Sucker Punch" como livro seria lido com grande adrenalina e aflição. Os momentos das missões pelos quais as meninas passam são de uma tensão incrível e até os outros mais calmos são tão serenos que quase incomodam. Esse é o primeiro trabalho original de Zack Snyder. O diretor antes só trabalhara com remakes ("Madrugada dos Mortos") e adaptações (como "300" e "Watchmen"). Toda a mitologia de Sucker Punch saiu de sua cabeça, influcenciada por anos de vide-games, histórias em quadrinhos e demais coisas geeks.

O filme ainda filosofa sobre a liberdade, sobre o que o indivíduo é capaz de fazer para obter a liberdade pessoal. Até onde ele é capaz de ir, quais os sacríficos que ele pode fazer. E o filme retrata isso da melhor forma quando começa a usar as próprias colegas de Babydoll para sofrer as consequências pelo plano arquitetado por ela. Cada uma das cinco meninas, de alguma forma, sofrem suas perdas em nome de um objetivo maior. Esse não é um daqueles filmes que é mastigado, digerido e entregue à você. VOCÊ TEM DE FAZÊ-LO, passo-a-passo, com muita atenção ou não, caso você já pegue a ideia central desde o primeiro shoot.

Rogério Gerson

16 Comentários

  1. Ouvi mtuitaaaaaas críticas horríveis sobre o filme e isso me desanimou mtu, por isso nem assisti, mas após ler sua "resenha", fiquei bem interessada :)

    http://autoracarolinaribeiro.blogspot.com.br/

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  2. Eu acho que ouvi falar desse filme vagamente e achei bem interessante, mas como foi uma coisa rápida, acabei me esquecendo!
    Depois vou procurar saber mais sobre ele, pois não sei se é bom, se é ruim, se é mais ou menos rsrsrs

    Bjokas
    Flavia - Livros e Chocolate

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  3. Eu sou uma das que, como você, amaram haha
    Eu adorei o filme justamente por essa "confusão". As pessoas estão acostumada com coisas "mastigadas", tudo explicadinho e ficam com preguiça de pensar, de prestar atenção aos detalhes.
    Eu amei e amei e amei *-* hehe
    Beijinhos,
    fulanaleitora.blogspot.com.br

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  4. Olá Rogério!
    Nossa, eu fiquei realmente muito curioso para ler o livro e assistir ao filme.
    Confesso que o enredo nunca me chamou atenção, mas seus comentários me fizeram repensar na possibilidade de assistir ao filme.

    Abraços
    Ronaldo Gomes
    livrosobrelivro.blogspot.com

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  5. Já ouvi falar sobre o livro e filme, mas nunca me interessei devido as inúmeras criticas negativas que os rondam.
    Depois dos seus comentários, confesso que me rendi a estória; parecer ser bem legal!
    Irei assistir!

    Abraços
    Ronaldo Gomes
    livrosobrelivro.blogspot.com

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  6. Eu gostei do filme a historia é meio enrolada, mas é tocante e bonita, porem oque me impediu de te-lo como um dos meus favoritos foi o excesso de apelo sexual :/ ao meu ver tinha tudo para ser um filme fantastico, mas perdeu muitos pontos por conta disso.

    http://himi-tsu.blogspot.com.br

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  7. Amo muito esse filme. É bem louco e confuso, não nego, mas surpreendente. E o final? Fica aquela duvida enorme na cabeça. Sem duvidas alguma se tornaria um bom livro, daqueles pra favoritar ao final da leitura.

    Carlos Magno,
    http://cantinadolivro.blogspot.com.br

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  8. Oi, Fran.

    Comecei a assistir esse filme por duas vezes e desisti, é muito louco mesmo. Bem, depois da sua resenha/dica, estou encorajada a assisti-lo.

    Beijos,

    Isie Fernandes - de Dai para Isie

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  9. Olá, olá!

    Confesso que não conhecia o filme, mas fiquei bastante interessado depois de ler a sua opinião, toda essa questão de ser um filme meio 'incompreendido' pela maior parte das pessoas me deixou curiosa, quero ver!

    Beijo;*
    Naty.

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  10. Fui das que amou o filme, não só pelo enredo confuso e filosofico, mas também pela parte estética das cenas - principalmente aquelas na "terceira dimensão" da Baby Doll...

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  11. Oi!

    Eu amei esse filme e se ele fosse adaptado para o papel! Caramba ficaria demais! Todas aquelas cenas "loucas" em um livro seria M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Compraria o livro sem sombra de dúvidas!

    Beijos :*
    Natalia.
    http://musicaselivros.blogspot.com.br/

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  12. Oi!
    Eu sinceramente esperava mais do filme, até porque gostei do elenco. Mas no geral, não é um filme péssimo; dá pra assisti-lo tranquilo.
    Gostei da sua opinião e que bom que você gostou muito.
    Abraço!

    "Palavras ao Vento..."
    www.leandro-de-lira.com

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  13. Sucker Punch é inovador se tornou meu filme favorito, são poucos os filmes que me fizeram refletir, o filme avaliado superficialmente como muitos ''criticos'' fizeram,é realmente muito confuso e cheio de cliches, mas quando avaliado um pouco a fundo é possivel perceber detalhes que me deixaram com uma ''pulginha atrás da orelha''.
    Gostaria de Propor uma analise com vcs.

    O Cabaré e o mundo de Lutas seria uma imaginação da Sweet Pea? ... fica claro que ela que conta a Historia da trama,uma trama conturbada por duas realidades ,uma real(da clinica) e outra criada a partir do tratamento que ela tinha com a Sra Gorski(O cabaré e o mundo de lutas, era o mundo imaginado por Sweet Pea e não por Baby doll,na versão estendida do filme, mostra SweetPea roubando um vestido branco,ela estava não com as roupas da Clinica mas com as roupas da fuga do Cabaré), enfim ... Passamos o filme inteiro achando que a Historia era uma parte da imaginação da ''Baby'' mas na realidade e a SweetPea que apresenta a Historia pra gente, sua versão dos fatos ... poderia sim ser toda a imaginação da baby, mas como ela transpós o motorista do onibus e o garoto na sua imaginação(esse garoto aparece na Guerra,ele olha pra Sweet Pea,e no onibus tbm, ele olha pra ela antes de ela entrar) sem conhecer eles,a unica que teve contato direto com os dois foi SweetPEA ,a partir daí afirmo quem imaginou a parte fantasiosa da trama não foi a Baby e sim a SweetPEA.
    Tenho muitas outras teorias mas é CLARO, nem todos pensam como eu, isso é o interessante da obra, a capacidade de criar diversas opiniões.

    Bom, o filme daria um otimo livro, uma leitura repleta de ação e aventura mas com um fundo filosofico que nós faz refletir, toda vez que assisto o filme percebo coisas novas, é super interessante.

    Gente pra quem não viu ainda ... assistam SuckerPunch, pode parecer apelativo ''Mulheres com roupas curtas atirando como loucas'' mas a verdadeira proposta e muuuuito maior que isso, Vale a pena ''Pensar''um pouco...
    Mas lembre-se ... ''Você estara despreparado'' . kkkkkkkkkkkkkkkkk'

    PS: amei o Blog ♥

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    1. Eu SIMPLESMENTE adorei o seu comentário. Nunca tinha percebido isso, e olha que assisti o filme inúmeras vezes. Realmente a questão do menino da guerra e do motorista podem confirmar sua teoria de que a história se passa pelo ponto de vista da Sweet. Verei novamente, com muito mais atenção. Obrigado pelo comentário genial.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Obrigada Roger, sim querido é necessário assistir varias vezes para perceber os detalhes, eu fui captar que Sweet, era a mente criadora da trama depois da sétima vez que assisti.

      Enfim, tem vários detalhes interessantes que me deixam muito fascinada.

      Eu imagino o filme assim, Quem conta a Historia e a Sweet Pea , como se fosse um Flashback ... Baby não imagina coisa nenhuma, ela vive apenas no mundo REAL (dá clinica psiquiátrica), Sweet imagina tudo, O mundo do Cabaré(1º mundo imaginário) e uma fuga da realidade, e o Mundo de lutas(2º mundo imaginário) e a forma que a Sweet via a Baby, como uma guerreira que enfrentava as dificuldades do mundo real como se fosse uma guerreira que lutava contra DRAGÕES, ZUMBIS E ROBÔS.
      O motorista entra no Mundo de Lutas como um mentor que ás ajuda nas missões, pois ele ajuda a Sweet a escapar e fugir de volta pra casa, assim como a Baby, O motorista para a Sweet e um anjo da guarda que a ajuda a fugir, ele é inserido dentro do mundo de lutas pois para Sweet, o motorista e uma peça importante para a fuga, se ele não á ajudasse a mentir na hora de escapar no ônibus, tudo que a Baby teria feito para a Sweet fugir seria algo em vão, ela conseguiria fugir da clinica mas não fugira no ônibus, sendo presa e capturada pelos policiais, assim, ele vira um mentor nas missões porque sem o motorista nada valeria a pena.

      Outras coisinhas que eu percebi.

      1- a cor das unhas das meninas é diferente, no mundo de Lutas (2 mundo imaginário) as meninas que morrem(Rocket,Amber,Blondie) tem a cor das unhas Pretas, e as duas que conseguem fugir( Baby, Sweet) tem unhas de cor mais clara(Baby sofre a lobotomia mas não morre, ela alcança sua liberdade meio de Liricamente, algo filosófico).

      2- Acontece um Deja vú em duas cenas, Blondie diz que as 3 ultimas meninas que tentaram fugir, morreram ... e o outro dejavu Rocket em discussão com Sweet diz que todas nós já estamos mortas, se vocês perceberem a câmera captura ela, Amber e Blondie rapidamente.

      3- Quando baby, chega a clinica psiquiátrica, vê Sweet e a senhorita Gorsky no palco ,O tratamento da Sra Gorsky era tratar as meninas contra os abusos que elas sofriam na clinica , neste tratamento as meninas eram ''Hipnotizadas'' e se abrigavam em suas mentes, elas viviam em mundos imaginários, Sweet vive em um mundo imaginário onde ela é a Atriz de uma peça principal em um Cabaré ( percebam que quando vamos ao mundo imaginário do CABARÉ pela primeira vez, Sweet está interpretando a lobotomia da Baby).

      4- Na introdução do filme, se abre uma cortina de teatro(outra referencia a personalidade imaginaria de Sweet como uma atriz de cabaré) e a voz da Sweet narra trechos sobre anjos da Guarda, se referindo ao velho do ÔNIBUS e a BABYDOLL.

      5- O motorista do ônibus não aparece na imaginação de baby pois ela não o conhecia, mas sim na imaginação de Sweet, Ela introduz ele como o ''mentor'' nas missões de luta pois ele mentiu para os policiais evitando que Sweet fosse presa.

      Enfim ... postem suas percepções tbm gente, o legal do filme são as diversas Hipóteses que podem se tirar dele.

      Roger, muito obrigada pelo seu comentário, kkkk' me add no face se não for incomodo, me procura lá Alice Dernovsek.
      Boas festas de fim de ano pra todos do Blog.

      Att.

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