A poesia é a arte da linguagem humana e do gênero lírico que expressa sentimento através do ritmo e da palavra cantada. Para quem não sabe, o atrativo ganhou um dia específico em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves, no dia de seu nascimento, 14 de março.
Castro Alves manifestou toda sua sensibilidade escrevendo versos de protesto contra a situação a qual os negros eram submetidos. Este seu estilo contestador o tornou conhecido como o ''Poeta dos Escravos''. Além de poesia de caráter social, o escritor também escreveu versos lírico-amorosos, de acordo com o estilo de Vítor Hugo.
Como data marcante em nossa literatura brasileira, eu não poderia deixar passar batido. Ainda somos muito reprimidos quando o assunto é este, por isso acho válido estamos sempre nos familiarizando com a nossa história literária, com os grandes poetas que a compõe, e com os poemas em si.
Para marcar simbolicamente esta data, trouxe para vocês os meus dois poemas favoritos do autor Castro Alves, que foi um foi um notável poeta de transição entre o Romantismo e o Parnasianismo.
''Oh! Bendito o que semeia
Livros ... livros à mão cheia ...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar."
Livros ... livros à mão cheia ...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar."
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''Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.
E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!
Meu Deusl As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.
Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.
Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.''
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.
E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!
Meu Deusl As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.
Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.
Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.''
E viva a nossa história! Viva ao dia nacional da poesia!
Olha, não sabia que hoje era Dia da Poesia. Ou não lembrava... Bela homenagem que fizeste. :)
ResponderExcluirOi, Francielle. Não sabia que o Dia da Poesia era por causa do Castro Alves, fico feliz em saber. Dele eu só li O Navio Negreiro. Gostei de ler esses poemas...
ResponderExcluirBela homenagem!
Otima homenagem ^^
ResponderExcluirFeliz Dia da Poesia o/
http://livroaoavesso.blogspot.com.br/
Bjs
"A poesia prevalece", já dizia Fernando Anitelli.
ResponderExcluirOi, Francielle!
ResponderExcluirLinda postagem! Aprecio muito a Clarice Lispector e o Vinicius de Moraes.
Beijos,
Natalia Leal
http://www.paginas-encantadas.blogspot.com
Olá
ResponderExcluirNão sou muita fã de poesia...
Nem sabia que existia um dia especifico.
Beijos
cocacolaecupcake.blogspot.com.br
Adorei o post! A poesia em destaque é inspiradora!
ResponderExcluirBeijos,
Vinícius - Livros & Rabiscos
Já tive minha época de poesia - pelo menos para a escrita -, mas confesso que nunca fui de ler esse gênero textual, mas admiro quem tem a mágica para usar as palavras de modo inteligente nas poesias :)
ResponderExcluirhttp://autoracarolinaribeiro.blogspot.com.br
Adorei essa homenagem, eu sempre quis fazer poesias mas eu não consigo kkk
ResponderExcluirAdorei essas duas que você citou ♥
Beijinhos
Facebook do blog
conversando-com-a-lua.blogspot.com.br
Apesar de ser uma completa leiga na questão de entender poesias
ResponderExcluirDou os parabéns a quem as faz
Beijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com.br
adorei o blog.
ResponderExcluirestou seguindo aqui , :D
da uma passadinha lá ?
beijoos .
http://garotasolitariaemparis.blogspot.com.br/
http://garotasolitariaemparis.blogspot.com.br/
Não sou muito fã de poesia nem sabia que o dia da poesia era por causa e um brasileiro ( que vergonha ) ^^ mas gostei dos poemas que você escolheu ^^
ResponderExcluirBeijos.
Guilherme.
http://umcompulsivoleitor.blogspot.com.br
muito show adoro o mario quintana acho que foi o primeiro livro que li de poesias muito legal mesmo.
ResponderExcluirEstilo 4 U | Todos os estilos em um só lugar.