Título: O Diário de Anne Frank

Autor: Anne Frank

Edição: 25

Editora: Record

Páginas: 350

ISBN: 9788501044457

Nota: 5 de 5

SINOPSE: O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro.
Seu diário, lançado apenas em 1947, narra os sentimentos, medos e pequenas alegrias de uma menina judia que, com sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto. A obra tornou-se um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos. Um livro tocante e importante que conta às novas gerações os horrores da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Agora, seis décadas após ter sido escrito, este relato finalmente é publicado na íntegra, com um caderno de fotos e o resgate de trechos que permaneciam inéditos. Uma nova edição que aprofunda e aumenta nossa compreensão da vida e da personalidade dessa menina que se transformou em um dos grandes símbolos da luta contra a opressão e a injustiça. E consagra O Diário de Anne Frank como um dos livros de maior importância do século XX. Uma obra que deve ser lida por todos, para evitar que atrocidades parecidas voltem a acontecer neste mundo.

Comentários:

O Diário de Anne Frank, escrito pela própria Anne, é mais um capítulo dentre tantos outros sobre os horrores da Segunda Guerra Mundial. Contudo, não se trata apenas de mais um nessa conta. Primeiro, por ser uma história real; e segundo, porque, ao invés de deprimente, o diário é encorajador de uma forma pura. E isso foi o que mais me impressionou.

Anne tinha treze anos quando ela e sua família foram obrigados a largar tudo para viverem escondidos no que eles chamaram de Anexo Secreto, localizado no prédio que seu pai, Otto Frank, trabalhava. Lá eles tiveram que conviver por dois anos ao lado dos Van Daan e do Dr. Dussel, compartilhando a escassa comida, brigas, desentendimentos e, por vezes, alguns sorrisos... simplesmente por serem judeus.

O diário traz o máximo de relatos possíveis escritos por Anne durante essa temporada. São memórias cotidianas, pensamentos, tristezas, descobertas (sobre seu primeiro amor e acerca das mudanças que enfrenta uma menina com a puberdade, por exemplo), desabafos acerca dos medos impostos pela guerra e, sobretudo, a esperança em relação a possibilidade de tudo acabar bem. 

Anne é uma garota madura e isso é perceptível através de suas palavras. Sua excelente escrita, suas atitudes refletidas, sua fé e sua segurança, resultam em uma narrativa encorajadora, e repletas de inspirações. Mesmo quando passamos a notar certa tensão em suas descrições, afinal eles vivem sob o medo de serem descobertos, além de que uma série de situações trazem a desesperança àquele lugar. 

O livro acaba de forma bem inesperada, que antecedem acontecimentos trágicos logo quando a guerra se encaminha para o fim. Ainda assim, Anne conseguiu realizar um dos seus sonhos: ser reconhecida através de suas palavras, por pessoas que ela desconhece, de todos os lugares do mundo, mesmo após sua morte. Seu sonho era ser escritora, ou jornalista, e graças a publicação do seu diário ela se tornou uma grande referência para o mundo.

Recomendo a leitura deste livro para todos os interessados pelo tema. Vivencie essa experiência você mesmo(a)! Apesar de triste, garanto que a perspicácia, a fé e a maturidade de Anne irão te ofertar sentimentos diversos através de experiências que irão te emocionar... ainda que diante de um momento trágico. Indico!