Olá, galera!
Na última postagem trouxe uma resenha acerca de uma das obras de Leminski. Hoje trago a sua biografia. Vamos à ela?
Nascido
em
Curitiba em 1944, Paulo Leminski Filho era o fruto de uma relação entre
um polonês e uma mulher de origem africana. Viveu como professor,
jornalista, poeta,
crítico, tradutor, compositor... Nos anos 60 viaja a Belo Horizonte para
participar da Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, e conhece Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos, criadores do movimento Poesia Concreta. No ano seguinte, publica seus primeiros poemas na revista Invenção,
editada pelos concretistas e torna-se professor de história e redação
em cursos pré-vestibulares, experiência que motiva a criação de seu
primeiro romance, Catatau (1976). Apaixonado pela cultura japonesa e pelo zen-budismo, Leminski pratica
judô, escreve haicais e uma biografia de Matsuo Bashô. O interesse pelos
mitos gregos, por sua vez, inspira a prosa poética Metaformose.
Enfim, teve uma carreira marcada pela produção e
pela agitação cultural fundamentalmente entre os anos 70 e 80. Tornou-se um ícone dos adeptos da contracultura,
ou
seja, a cultura que se desenvolveu à margem do sistema oficial marcado. A
época o vê pela presença forte da censura e do aparato ditatorial do
estado. Ligou-se ao
movimento hippie, aos movimentos ecológicos e pacifistas e à defesa de um ideal
de vida libertário, marcado pelo desejo de uma existência plena, ausente de
espartilhos morais tradicionalistas. Apesar de boêmio e libertário, Paulo
Leminski era portador de uma cultura refinada, autodenominando-se um “bandido
que sabia latim”. Sua obra reflete essa cultura com referências a autores da
tradição literária e filosófica tanto ocidental (Descartes, Pound, Mallarme,
etc) quanto oriental (Matsuo Bashô).
Além de tudo, fez parcerias musicais com Caetano Veloso e Itamar Assumpção, entre outros. Em 1968, casa-se com a poeta Alice Ruiz (1946),
com quem vive durante 20 anos, e tem três filhos: Miguel Ângelo (que
morre aos dez anos), Áurea e Estrela. Em 7 de junho de 1989, o poeta
morre, vítima de cirrose hepática.
Uma parte de sua extensa bibliografia:
Obra poética
- Polonaises. Curitiba, Ed. do Autor, 1980. n.p.
- Não fosse isso e era menos/ não fosse tanto e era quase. Curitiba, Zap, 1980. n.p.
- Tripas. Curitiba, Ed. do Autor, 1980.
- Caprichos e relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983. 154p.
- Um milhão de coisas. São Paulo, Brasiliense, 1985. 6p.
- Caprichos e relaxos. São Paulo, Círculo do Livro, 1987. 154p.
- Distraídos Venceremos. São Paulo, Brasiliense, 1987. 133p. (5ª edição 1995)
- La vie en close. São Paulo, Brasiliense, 1991.
- Winterverno (com desenhos de João Virmond). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1994. (2ª edição publicada pela Iluminuras, 2001. 80p.)
- O ex-estranho. Iluminuras, São Paulo, 1996.
- Melhores poemas de Paulo Leminski. (seleção Fréd Góes) Global, São Paulo, 1996.
Obra em prosa
- Catatau (prosa experimental). Curitiba, Ed. do Autor, 1975. 213p.
- Agora é que são elas (romance). São Paulo, Brasiliense, 1984.1 63p.
- Catatau. 2ª ed. Porto Alegre, Sulina, 1989. 230p.
- Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994. (Prêmio Jabuti de poesia , 1995)
- Descartes com lentes (conto). Col. Buquinista, Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1995.
- Agora é que são elas (romance). 2ª ed. Brasiliense / Fundação Cultural de Curitiba, 1999.
- Catatau. São Paulo, Iluminuras, 2010. 256p
É isso!
Próximo post com wishlist deste mês, não percam!
Beijinhos a todos :)
Esse autor é novo para mim
ResponderExcluirEu não conhecia e gostei bastante da postagem
Conhecer novos trabalhos é sempre muito bom
Beijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com
Devo confessar que nunca tinha ouvido falar deste autor (vergonha), mas me interessei bastante a ler seus livros, parecem ser bem interessantes.
ResponderExcluirBjs
http://palavrasdeumlivro.blogspot.com.br/
Isa,
ResponderExcluirNão é raro que eu me depare com o nome de Leminski pelas livrarias, mas nunca parei para ler e me interessar, de fato, por uma obra dele. Conhecendo um pouco da história do autor agora, fiquei verdadeiramente curiosa. Os fatos de ele se inspirar na cultura japonesa e ser adepto da contracultura são particularmente excêntricos, o que apenas contribuem mais para a formação da personalidade de um autor autêntico e digno de ser mais amplamente conhecido.
Feliz dia do blogueiro!
Beijo,
Ana - Na Parede do Quarto
Oi Isa!
ResponderExcluirQue hilário a foto desse autor DLJAKSJDSAK curti!
Muito bom conhecer mais sobre autores né?! As vezes passamos bem despercebidos quando vamos ler um livro!
Tem promoção de Páscoa lá no blog, dê uma conferida! :D
Beijos, Kamila
http://vicio-de-leitura.blogspot.com.br/