Nascido em Paris, a 23 de abril de 1918, Maurice Druon tinha entre seus antepassados um bisavô brasileiro, o escritor, jornalista e político maranhense Odorico Mendes (1799-1864), que se notabilizou como tradutor de Homero e Virgilio.
O autor de "Os Reis Malditos" passou a sua infância na Normandia e fez os seus estudos secundários no Liceu Michelet. Laureado do Concurso geral (1936), começou a publicar, à idade de 18 anos, nas revistas e jornais literários e ao mesmo tempo era aluno de Ciências Políticas (1937-1939).
Durante a Segunda Guerra Mundial combateu no interior da França até o momento do Armistício (1941). Ingressou então nas forças da Resistência, deixando a França em 1942, atravessando clandestinamente a Espanha e Portugal para ingressar nas fileiras dos serviços de informações da chamada "França Livre", em Londres, trabalhando com De Gaulle.
A partir de 1946, consagra-se à sua carreira literária, recebe o Prêmio Goncourt (1948) por sua novela As Grandes Famílias e diversos prémios prestigiosos pelo conjunto da sua obra.

Era conhecido mundialmente pela sua única obra infanto-juvenil, "Tistou les pouces verts", (No Brasil, "O Menino do Dedo Verde") publicada em 1957 com tradução de Dom Marcos Barbosa.

A 8 de Dezembro de 1966, foi eleito, na Academia Francesa, à poltrona 30, sucedendo Georges Duhamel. Além disso foi Secretário Perpétuo dessa instituição, a partir de 1985, mas escolheu em 1999 renunciar a esta última função, cedendo o lugar a Hélène Carrère de Encausse.

Em abril de 1973 foi nomeado Ministro da Cultura francês, do gabinete Pierre Messmer. Logo após assumir o cargo, declarava não ter intenções de entregar verbas do governo a "subversivos, pornógrafos ou intelectuais terroristas". Com isso levantou contra si os protestos de milhares de artistas, escritores e políticos e foi tachado de "ditador intelectual".

Foi Ministro dos Negócios Culturais entre 1973 e 1974 e deputado de Paris de 1978 para 1981.

Druon recebeu a Grande-Cruz da Legião de Honra, era Comendador das Artes e das Letras e titular de muitas outras condecorações.

Em 2 de março de 2007, torna-se decano da Academia Francesa, devido à morte do então decano, Henri Troyat.

Faleceu em Paris, a 14 de Abril de 2009.

7 Comentários

  1. Olá, Isa =)
    O autor parece realmente excelente. Sempre me deparo com "O Menino do Dedo Verde" na biblioteca de minha escola, acho-o peculiar, mas ainda não tive a chance de lê-lo.
    Uma vez que a Academia Brasileira de Letras foi baseada na Francesa, creio que ele teve grande mérito em ocupar uma cadeira lá e, ainda ser Ministro.
    Vou pesquisar mais a respeito das obras do autor :)

    Beijinhos,
    Ana - Na Parede do Quarto

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  2. Não li nenhuma obra dele
    Mas me parece ser um otimo autor
    E é interessante que voce faça essas biografias dos autores
    Beijos

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  3. Eu amei esse autor ele é demais.....

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  4. Maurice Druon é fantástico. Em seu livro O menino do dedo verde fala de questões existenciais através de um menino de apenas seis anos. Questiona vida , morte, cidades, favelas, economia através de olhos doces e inocentes. É primoroso, doce, conciso ao questionar a forma como enxergamos a vida - nossa e dos outros. Vale muito a pena ler.

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  5. Autor fantástico. Grande questionador da natureza humana, traz mensagens intrínsecas em suas paginas. Através dos olhos de um menino de seis anos ele questiona a vida, a escola, a morte e a sua própria existência. Assuntos como guerra, morte e vida são destrinchados...È educador e prazeroso ler Maurice Druon.

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  6. A coleção "Os Reis Malditos" é uma excelente aula de história e muito agradável de se ler!

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