Olá, pessoal!
 
Para quem não lembra, fiquei de trazer ainda este mês a resenha dos dois livros que faltam da sequência de The House of Night aqui no blog, tirando o último título publicado, claro. Por isso, aqui estou!  \Õ/
No início do mês propus que isso fosse feito de uma forma mais simples para que eu possa enfim estar livre para publicar a resenha de Destinada assim que eu realizar a leitura. Como eu mencionei anteriormente, as resenhas serão feitos na ordem, mas de um modo mais simples, onde apresentarei a sinopse e meus breves comentários acompanhados com a minha nota atribuída para cada exemplar.
Vamos lá?


Título: Queimada - The House of Night (Volume 07)
Autor: P.C. Cast e Kristin Cast
Edição: 1
Editora: Novo Século
Páginas: 376
ISBN: 9788576794042

Nota: 4/5

As coisas ficaram pretas na Morada da Noite. A alma de Zoey Redbird se despedaçou. Com o coração partido, vendo tudo ao seu redor desmoronar e com vontade de ficar para sempre no mundo dos mortos, Zoey está sumindo a olhos vistos. Parece cada vez mais difícil ela se recuperar a tempo de reencontrar seus amigos e recolocar as coisas em seus devidos lugares. Stevie Rae, melhor amiga de Zoey, quer ajudá-la, mas está enfrentando problemas seríssimos. Os Novatos Vermelhos do Mal estão pisando na bola e, dessa vez, nem Stevie Rae poderá protegê-los das consequências. No meio desta confusão está Aphrodite: ex-novata, patricinha podre de rica, bruxa do inferno convicta (e com muito orgulho), tendo visões que revelam o futuro e, para piorar, com Nyx resolvendo falar por meio dela, quer ela queira ou não. A lealdade de Aphrodite pode oscilar em várias direções, mas, no momento, é o destino de Zoey que está em jogo.

Apesar de um pouco cansativo, Queimada consegue ser bom apenas pelo simples fato de atribuir o foco da trama a Stevie Rae. Claro, Zoey está debilitada, e suas chances são mínimas. Todavia, volto a afirmar que não há personagem mais arrebatadora do que a Vampira Vermelha, que se mostrou forte o bastante diante de uma situação séria e extremamente difícil. Stevie Rae lidou em toda a série (e continha a lidar) com questões desafiadoras, que vão além de tudo que os outros passaram. Impossível não amá-la (minha personagem favorita, é).

Porém, não posso deixar de citar que essa obra possui também um tom mais sério e dramático, e esses são motivos bem concretos, uma vez que a história tornou-se mais consistente e tanto adulta. A impressão de lentidão que alguns talvez sentiram nos livros anteriores acaba por aqui. Agora a narrativa tornou-se instigante e bem gostosa de ser lida.


No entanto, gostaria de explicá-los que o ''cansativa'' que eu citei no início dos meus comentários está sobre o fato de muitos dos relatos serem descritos na visão de muitos personagem, e isso se torna enfadonho sim, para alguns. No caso de House of Night eu não acho que isso aconteça. Pelo menos até agora. Gostei muito dessa nova forma que as autoras usaram para dividir os capítulos, pois acabamos percebendo quem é quem de verdade na trama.

Outra coisa que eu gostaria de citar é o crescimento que Aphrodite vem ganhado na série. Outra personagem brilhante e muito bem descrita, que no início era odiada por muitos, mas que mostrou ser muito especial, e o que é melhor, sem mudar o seu jeito de ser.

No mais, apenas quero dizer que... gostei do livro, sim. Fãs, por favor, leiam!

~*~

Título: Despertada - The House of Night (Volume 08)
Autor: P.C. Cast e Kristin Cast
Edição: 1
Editora: Novo Século
Páginas: 320 
ISBN: 9788576795025
Nota: 4/5

Exonerada pelo Conselho Supremo dos Vampiros e retornando a sua posição de Grande Sacerdotisa da Morada da Noite de Tulsa, Neferet jurou vingança contra Zoey. Seu domínio sobre Kalona é apenas uma das armas que ela pretende usar. Mas Zoey encontrou um santuário na Ilha de Skye e está sendo protegida pela Rainha Sgiach, que espera que ela possa assumir o reinado. Tornar-se a rainha seria legal, não seria? Por que ela deveria retornar à Tulsa? Depois de perder Heath, seu consorte humano, Zoey nunca mais será a mesma – e seu relacionamento com o supersexy guerreiro Stark pode também nunca mais ser o mesmo. E Stevie Rae e Rephaim? O Raven Mocker se recusa a ser usado contra Stevie Rae, mas que chances ele tem quando ninguém no mundo, incluindo Zoey, estaria feliz com este relacionamento? Ele deve trair seu pai ou seu coração? No emocionante oitavo livro da série House of Night até onde irão os vínculos da amizade e quão forte são as amarras que prendem o coração.

Não é um dos melhores livros, mas eu gostei dos relatos. Acredito que se a história fosse encurtada, ela não receberia tanta aversão por parte do público, que alegam cansaço e clamam por objetividade. E estão todos certo...

No entanto, muito simplesmente odeiam a série. Eu até entendo, de verdade. Talvez a temática, ou até a viagem que as outras têm no enredo... sim, eu entendo! Porém, o fato dela ser enorme (?) não é motivo para detestarem-na. Isso se você de fato não conhecê-la a fundo. Talvez você esteja fugindo de sagas enormes (porque eu sim estou), mas existem várias outras coleções com um número generoso de livros, e nem por isso muitos de vocês deixam de ler. O que vale é o conteúdo, e não o número ou tamanho, certo? Pensem nisso.  ;)

Apesar de surreal, eu não consigo deixar a série de lado. Ela possui picos mais baixos no enredo, mas em muitos momentos nos ofertam histórias magníficas, fantasiosas, todas dotadas com valores e alguns casos ricos em lições.

Acompanho sim, e gosto bastante de vários aspectos que ela transmite ao público leitor. É o tipo de saga politicamente incorreta que dá prazer. E, convenhamos, criatividade é algo que não falta às nossas autoras. Adorei Despertada, e espero ansiosa pelo próximo título.  :D
 
PS.: Estes comentários são simples porque não tenho o propósito de dar spoilers a ninguém, uma vez que a série é grande e muitos de vocês ainda não estão na sequência correta, por isso peço a compreensão de todos. Obrigada!

Olá, leitores!  :D

Nossa seção de dicas esteve inativa por um tempo, por isso revolvi trazer algumas delas para vocês. Além de dar uma diversificada nos posts, pode servir de ajuda para muito leitor que anda se sentindo perdido na hora de escolher o próximo livro a ser lido.

Publicado originalmente no Universia Brasil, as quatro dicas abaixo possuem o propósito de ajuda-los a fazer da próxima leitura algo verdadeiramente satisfatória. Isso porque sabemos bem que é lista de livros que provavelmente você gostaria de ler é muito grande, e saber por qual começar torna-se uma tarefa extremamente difícil.


Vamos tentar resolver esse dilema literário que todos nós sofremos de uma vez por todas? Confiram abaixo as dicas.


1. Veja suas preferências.
Para aperfeiçoar sua busca, questione-se sobre suas preferências. Quais são seus temas e autores preferidos? Confira se há alguma publicação nova de seu escritor favorito ou um novo livro sobre o tema que você mais gosta.

2) Use ferramentas de busca.
A maioria das livrarias possui em seus sites uma área destinada à busca. Digite nesse espaço os seus autores e temas favoritos. Se nada de seu interesse surgir, procure por seus hobbies. Por exemplo, se você gosta muito de música, procure livros sobre esse tema, como biografias de seus artistas preferidos. Ou se seu interesse for futebol, você pode procurar por histórias de times e curiosidades sobre seus jogadores favoritos.

3) Converse com outras pessoas.
Se nenhuma das alternativas acima funcionou, converse com alguém que possui gostos literários similares aos seus ou com um colega em quem você confie literariamente. Peça que essas pessoas indiquem seus livros e autores favoritos. É muito difícil que elas tenham lido os mesmos livros que você.

4) Grupos de leitura.
Outra atividade interessante é unir-se a grupos de leitura. Essas reuniões não apenas indicam livros, como também discutem tópicos diferentes sobre a leitura, aprofundando sua percepção sobre temas e autores.


Então... vocês costumam seguir os conselhos acima? Se não, me contem se algo lhes foi útil. Confesso que costumo seguir todas as dicas acima, e garanto, ajuda bastante!

Olá, pessoal!


Estive foliando esses dias o livro Tempo de Esperas, escrito por PE. Fábio de Melo, e me deparei com dois trechos acerca dos livros e da escrita. Achei interessante em demasiado, e decidi compartilhá-los com vocês, por isso, espero que gostem.


'' A biblioteca é meu refúgio. Mergulho nos livros porque neles eu sei que está a chave do mundo novo que tanto anseio conquistar. É como se a cada livro terminado um passo de retirada fosse dado. ''
Pág. 11

'' As palavras podem ser traiçoeiras. Por isso gosto de oferecer-lhes descanso. Para que eu esteja certo de que todas elas mereçam pertencer ao texto. Só depois do descanso da palavra é que podemos sentir o seu sabor. ''
Pág. 18


É isso aí. Até mais!  :*

Olá, leitores!  \Õ/
Preparados para mais uma resenha? Vamos à ela, então!


Título: Fome (Gone: Volume 2)
Autor: Michael Grant
Edição: 1/2011
Editora: Galera Record
Páginas: 532
ISBN: 9788501086365
Nota: 5 de 5

Fome, livro que dá continuidade a série Gone, sendo este o segundo volume, é mais uma obra majestosa do escritor Michael Grant, que mostrou ser inteligente o bastante para criar um enredo tão fantástico, em uma série tão arrebatadora.

Neste livro encontramos as atividades três meses após os fatos ocorridos em Gone – O Mundo Termina Aqui, desde que todos os menores de quinze anos ficaram presos na bolha conhecida como o LGAR. Quando todos pensavam que as coisas poderiam tornar-se melhores, e que a esperança poderia ressurgir, percebem que nem tudo voltaria a ser como era antes. Além da escassez de comida, que parece estar acabando, algumas crianças passaram a desenvolver habilidades sobrenaturais. Logo ocorrerá tensão entre aqueles com e sem poderes, resultando em uma tragédia indescritível, irrompendo o caos. Normais contra os mutantes, e uma batalha com um rumo sangrento. Mas há algo escondido que é mais perigoso. Uma criatura sinistra conhecida como a Escuridão começou a chamar os sobreviventes do LGAR através dos seus pensamentos. Ela precisa de seus poderes para sustentar a sua própria existência, e, quando a Escuridão chama, alguém vai responder – com consequências fatais.

Apesar da tradução nada agradável que Hunger recebeu aqui no Brasil, pelo menos para alguns, o nome Fome veio a calhar, pois é justamente com isso que estamos lidando no segundo volume da série. Claro, não apenas a fome, mas também a mutação de alguns dos sobreviventes, além da criatura surreal que parece invadir a cabeça dos mesmos, como foi anteriormente citado, se transformam em problemas que vão além. Contudo, é a fome a dificuldade mais aparente, e a população estimada em um pouco mais de 300 pessoas parece definhar... mesmo assim, muitos não se movem para tentar reverter a tal situação, o que também acaba tornando-se mais um problema. E assim temos um ciclo de dificuldades que aos poucos ficam emaranhados uns aos outros, e nada parece dar certo. Acontece que estamos lidando com crianças, todas com idade abaixo dos 15 anos. Mas são estas crianças que precisarão se transformar adultos o bastante para reverter essa situação, tentando fazer do LGAR um espaço onde o sofrimento e as perguntas não respondidas não se tornem seus piores inimigos.

Michael Grant criou um cenário que mescla a realidade com a ficção. Um cenário, inclusive, instigante e fatídico, tão bem descrito, que a sensação é de estarmos de fato em Praia Perdida presenciando todos os relatos do livro. Refiro-me ao ''cenário'' porque a história é bastante real, os personagens são intensos, o enredo é inteligente e os mistérios são plausíveis. Além disso, a escrita é envolvente e incansável, e por mais que este livro tenha um número generoso de páginas, a leitura flui com muita facilidade, e a sede (ou seria fome?) pelo avançar dos capítulos é algo inevitável.

Assim como o primeiro livro, Fome mantém a ordem cronológica no início dos capítulos, onde somos informados nos mesmos sobre uma quantidade de horas e minutos, marcando o tempo restante até a chegada dos acontecimentos finais. Além disso, a quantidade numerosa de personagens é outro fator que prevalece. Para alguns, quando um livro possui muitas personalidades que possuem destaque em meio à narrativa, fica complicado assimilá-los de forma direta... às vezes até o próprio autor se perde na trama, e isso em alguns casos se torna perceptível. Todavia, isso não acontece em Fome, pois o enredo, por não centrar somente em uma individualidade, mas sim várias, nos oferta diversas percepções diferentes, e este é justamente outro ponto extremamente positivo na narrativa do Grant. A forma como ele nos remete aos fatos é admirável. Não há confusão alguma, pois ele consegue atribuir uma personalidade diferente a cada personagem, fazendo deles únicos e inesquecíveis para quem lê.

Fome mostrou ser uma continuação primorosa, incrível e fascinante. E o mais bacana é que este foi maior que o primeiro em termos de páginas, ainda mais rico em detalhes, e mais intenso em termos de história

Gone é uma série dotada de uma temática sobrenatural e diferente, dona de uma história de ficção cientifica juvenil de grande porte. Por isso, se você curte o gênero, aconselho a investir na leitura desses livros maravilhosos, e garanto que não irão se arrepender. Indicado em demasiado!


- É. Desculpe. – Sam suspirou. – Nós não estamos vencendo. Você sabe, certo? Não estou falando dessa luta. Estou falando da grande luta. A sobrevivência. Não estamos vencendo. Estamos morrendo de fome. As crianças comendo os bichos de estimação. Estamos nos dividindo em grupinhos que se odeiam uns aos outros. Tudo está fugindo ao controle. 
Pág. 342

E aí, galera?

Meu nome é Rogério Gerson e é uma oportunidade gratificante estar aqui, podendo fazer parte de um dos blogs mais brilhantes da atualidade em relação à livros. Como a Francielle explicou na publicação anterior, essa coluna irá discursar sobre possíveis filmes que deveriam virar livros. Porque livros que são adaptados para o cinema é muito 1896. E é com grande orgulho e felicidade que venho a lhes comunicar que a partir de hoje será eu quem comandará esta coluna. Um agradecimento eterno à Francielle e Isabella por me permitir fazer parte de uma equipe fantástica. Enfim, vamos à ação?


O Adaptações Literárias 
consiste em apresentar, discutir e argumentar sobre filmes que deveriam ganhar vida nas páginas físicas dos livros. Coluna ofertada uma vez por mês pelo Roger.


Filme: Melancolia (Melancholia)
Direção e Roteiro: Lars Von Trier
Estrelando: Kirsten Dunst como Justine;
Charlotte Gainsbourg como Claire;
Kiefer Sutherland como John.
 

Começo confessando que ''Melancolia'' foi o primeiro trabalho de Lars Von Trier que eu vi. Já ouvi falar de ''Anticristo'' e de alguns de seus filmes mais antigos, dos efeitos e técnicas que o diretor usa (e são sua marca registrada) e de certas polêmicas em que o mesmo foi envolvido. Nesse filme, entretanto, nos é contada a história de duas irmãs – Justine e Claire - e a relação das mesmas entre si enquanto um planeta, chamado Melancolia, se aproxima da Terra, elevando altas suspeitas de colisão e, logo, destruição de nossa espécie. Enquanto a noiva, e depressiva, Justine aceita o fim do mundo, a já mãe Claire luta com esperanças de que ''A Dança da Morte'' entre os planetas não aconteça. Dividido em duas partes (nomeadas com os nomes das irmãs) e com uma introdução majestosa, ''Melancolia'' não é o tipo de filme que vai agradar a grande maioria, mas quem curte esse tipo de enredo irá simplesmente cair de amores por ele.

O que mais me chama a atenção nesse filme, e o porquê de eu estar aqui comentando sobre o mesmo, é que ele é simplesmente de uma originalidade genial. Ele veio todo da cabeça do Lars, enquanto o diretor estava em um momento depressivo de sua vida (rolam boatos de que a personagem de Kirsten Dunst é baseada no próprio criador) e é instigante o modo como é abordado as duas diferentes visões e opiniões sobre o fim do mundo pelas irmãs. A deprimida Justine encara o fim do mundo com grande calmaria e aceitação, dizendo que ninguém irá sentir falta da humanidade caso essa seja extinta. Já Claire, ansiosamente agitada, se desespera a cada segundo, por acreditar que seu filho, Leo, não terá um lugar para crescer, conforme Melancolia se aproxima de nosso planeta.

Acredito que um livro desse filme seria um prato cheio para um leitor de um bom drama. Em minha visão, deveria seguir a linha do filme, dividido também em duas partes, sob o ponto de vista das irmãs protagonistas. Ler sobre como a vida perde o sabor das coisas, sobre como é ver tudo se tornar preto-e-branco ao lado de Justine e ler o desespero de Claire, buscando alguma saída para salvar o filho seria uma dádiva literária. A cena final então, com as irmãs juntas, sabendo o que as esperam já me dá arrepios só de pensar... 


Bem, enquanto não acho o roteiro original do filme para download, o jeito é alugá-lo todo sábado e se deixar apaixonar por essa arrasadora história catastrófica.

Olá, galera!

Na última postagem trouxe uma resenha acerca de uma das obras de Leminski. Hoje trago a sua  biografia. Vamos à ela?

Nascido em Curitiba em 1944, Paulo Leminski Filho era o fruto de uma relação entre um polonês e uma mulher de origem africana. Viveu como professor, jornalista, poeta, crítico, tradutor, compositor... Nos anos 60 viaja a Belo Horizonte para participar da Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, e conhece Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos, criadores do movimento Poesia Concreta. No ano seguinte, publica seus primeiros poemas na revista Invenção, editada pelos concretistas e torna-se professor de história e redação em cursos pré-vestibulares, experiência que motiva a criação de seu primeiro romance, Catatau (1976). Apaixonado pela cultura japonesa e pelo zen-budismo, Leminski pratica judô, escreve haicais e uma biografia de Matsuo Bashô. O interesse pelos mitos gregos, por sua vez, inspira a prosa poética Metaformose. Enfim, teve uma carreira marcada pela produção e pela agitação cultural fundamentalmente entre os anos 70 e 80. Tornou-se um ícone dos adeptos da contracultura, ou seja, a cultura que se desenvolveu à margem do sistema oficial marcado. A época o vê pela presença forte da censura e do aparato ditatorial do estado. Ligou-se ao movimento hippie, aos movimentos ecológicos e pacifistas e à defesa de um ideal de vida libertário, marcado pelo desejo de uma existência plena, ausente de espartilhos morais tradicionalistas. Apesar de boêmio e libertário, Paulo Leminski era portador de uma cultura refinada, autodenominando-se um “bandido que sabia latim”. Sua obra reflete essa cultura com referências a autores da tradição literária e filosófica tanto ocidental (Descartes, Pound, Mallarme, etc) quanto oriental (Matsuo Bashô).
 Além de tudo, fez parcerias musicais com Caetano Veloso e Itamar Assumpção, entre outros. Em 1968, casa-se com a poeta Alice Ruiz (1946), com quem vive durante 20 anos, e tem três filhos: Miguel Ângelo (que morre aos dez anos), Áurea e Estrela. Em 7 de junho de 1989, o poeta morre, vítima de cirrose hepática. 

Uma parte de sua extensa bibliografia:

Obra poética

  • Polonaises. Curitiba, Ed. do Autor, 1980. n.p.
  • Não fosse isso e era menos/ não fosse tanto e era quase. Curitiba, Zap, 1980. n.p.
  • Tripas. Curitiba, Ed. do Autor, 1980.
  • Caprichos e relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983. 154p.
  • Um milhão de coisas. São Paulo, Brasiliense, 1985. 6p.
  • Caprichos e relaxos. São Paulo, Círculo do Livro, 1987. 154p.
  • Distraídos Venceremos. São Paulo, Brasiliense, 1987. 133p. (5ª edição 1995)
  • La vie en close. São Paulo, Brasiliense, 1991.
  • Winterverno (com desenhos de João Virmond). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1994. (2ª edição publicada pela Iluminuras, 2001. 80p.)
  • O ex-estranho. Iluminuras, São Paulo, 1996.
  • Melhores poemas de Paulo Leminski. (seleção Fréd Góes) Global, São Paulo, 1996.

Obra em prosa

  • Catatau (prosa experimental). Curitiba, Ed. do Autor, 1975. 213p.
  • Agora é que são elas (romance). São Paulo, Brasiliense, 1984.1 63p.
  • Catatau. 2ª ed. Porto Alegre, Sulina, 1989. 230p.
  • Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994. (Prêmio Jabuti de poesia , 1995)
  • Descartes com lentes (conto). Col. Buquinista, Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1995.
  • Agora é que são elas (romance). 2ª ed. Brasiliense / Fundação Cultural de Curitiba, 1999.
  • Catatau. São Paulo, Iluminuras, 2010. 256p

É isso!
Próximo post com wishlist deste mês, não percam!

Beijinhos a todos :)


Olá, queridos! ;)

Hoje trago uma resenha diferenciada, especial portanto. Trata-se de um dos livros de poemas de um dos meus escriotes preferidos: Paulo Leminski. La vie en close, livro póstumo de Leminski, possui em sua maior parte poemas inéditos e que foram editados e finalizados por Alice Ruiz, sua esposa por muitos anos. Espero que possam apreciar a grande obra e legado que ele nos deixou!


Título: La Vie en Close
Autor: Paulo Leminski
Edição:
Editora: Brasiliense
Páginas: 181
ISBN: 85-11-01244-3
Nota: 5 de 5

“la vie en close
c´est une autre chose
c´est lui
c´est moi
c´est ça
c´est la vie des choses
qui n´ont pas
un autre choix”
“a vida de saída
é outra coisa da vida
é ele
sou eu
é tudo
é a vida das coisas
que não têm mais
nem contudo”

É com o poema La Vie em Close que se faz a capa da obra de Leminski. Com elementos concretistas, movimento e com espaço pra paródia (música de Edith Piaf), se mostra que há consciência da finitude humana e que a transitoriedade da vida é algo inexorável ao ser humano. 
A partir de uma publicação de poemas na revista "Invenção", parte integrante do movimento do concretismo, sua ligação a esse movimento não se desvinculou mais. Os concretistas divulgavam a ideia de que a dimensão formal da poesia deveria ser objeto de constante pesquisa e exploração. A criação poética tinha de possuir um padrão formal para que a exploração dos recursos visuais, verbais e sonoros fosse aproveitada ao máximo. 
Leminski busca utilizar os recursos da linguagem como a melopéia (sonoridade) através de aliterações, rimas, trocadilhos... Além disso, a fanopéia (visualidade) dos poemas (a relação da palavra com a imagem) e a exploração da palavra coisa, ou seja, da ideia, da concretização, contruindo haicais (forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade) é marcar registrada na construção dos poemas de La Vie en Close.
A temática variada  - social, política, existencial, metalingüística - encontra suporte ainda em outros traços formais que o autor herda da poesia modernista como a concisão, a irreverência, o humor, a ironia e a coloquialidade.

"O poeta Paulo Leminski sabia que tinha pouco tempo de vida. E foi ao encontro da morte com a mesma vitalidade demonstrada em toda a sua obra. Essas são constatações evidentes neste livro. Leminski demarcou com extrema coragem e lucidez a contagem regressiva de sua própria vida. Vários poemas estão carregados de pistas, algumas diretas, outras camufladas."

O exemplo do trecho acima se encontra no final do poema "Dor Elegante":


"ópios, édens, analgésicos
não me toquem nessa dor
ela é tudo o que me sobra
sofrer vai ser a minha última obra."

Alguns poemas da antologia de La Vie en Close:

SINTONIA PARA PRESSA E PRESSÁGIO

Escrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.
Sôo na dúvida que separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa, leva
para ir do percalço ao espasmo.

ESTUPOR

esse súbito não ter
esse estúpido querer
que me leva a duvidar
quando eu devia crer

esse sentir-se cair
quando não existe lugar
aonde se possa ir

esse pegar ou largar
essa poesia vulgar
que não me deixa mentir

 
ÁGUA EM ÁGUA

pedirem um milagre
nem pisco
transformo água em água
e risco em risco

Tudo é vago e muito vário,
meu destino não tem siso,
o que eu quero não tem preço,
ter um preço é necessário,
e nada disso é preciso

AMOR BASTANTE

quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante

basta um instante
e você tem amor bastante

E por fim, um exemplo de um de seus haicais:

 


Por hoje é isso :)
Ótima semana a todos! 

Olá, queridos!
Hoje é o dia da minha wishlist referente ao mês de março.  *o*  Além de compartilhar alguns dos enredos que eu mais desejo ler no momento, estarei proporcionando algumas indicações à vocês, blogueiros e leitores assíduos. Vamos dar uma conferida, então?

Wishlist
Nesta coluna mensal para cada uma das escritoras, serão postados 5 livros desejados, suas respectivas sinopses e comentários. Desta forma, compartilhamos gostos e podemos ver também a opinião de nossos leitores.


O Jogo do Anjo - Carlos Ruiz Zafón

Aos 28 anos, desiludido no amor e na vida profissional e gravemente doente, o escritor David vive sozinho num casarão em ruínas. É quando surge em sua vida Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Sua origem exata é um mistério, mas sua fala é suave e sedutora. Ele promete a David muito dinheiro e sua simples aparição parece devolver a saúde ao escritor. Contudo, o que ele pede em troca não é pouco. E o preço real dessa encomenda é o que David precisará descobrir. Em O Jogo do Anjo, o catalão Carlos Ruiz Zafón explora novamente a Barcelona do início do século XX, cenário de seu grande êxito internacional A Sombra do Vento, que vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo. Lançado este ano na Espanha, O Jogo do Anjo já ultrapassou a marca de um milhão de exemplares vendidos.

- Ainda não tive a oportunidade de ler nenhum dos livros do Carlos Ruiz Zafón, confesso. Todavia, sinto um apreço enorme pelo autor e pelas propostas dos seus livros, que por sinal me soam instigantes em demasiado. O Jogo do Anjo é um dos que com certeza eu lerei assim que possível. 


Amante Eterno (Irmandade da Adaga Negra: Livro 2) - J. R. Ward

Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre os vampiros e seus carrascos os redutores. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Possuído por uma besta letal, Rhage é o membro mais perigoso da Irmandade da Adaga Negra. Dentro da Irmandade, Rhage é o vampiro de apetites mais vorazes. É o melhor lutador, o mais rápido a reagir, baseado em seus instintos, e o amante mais voraz, porque em seu interior arde uma feroz maldição lançada pela Virgem Escriba. Possuído por esse lado sombrio, Rhage teme constantemente que o dragão dentro de si seja liberado, convertendo-o num perigo letal para todos à sua volta. 

- Após a leitura do primeiro livro da IAN, me senti estimulada a continuar a série, que além de interessante e envolvente, nos proporciona momentos excitantes em meio a uma leitura agradável. Adorei! PS.: Aguardem porque em breve tem resenha de Amante Sombrio aqui no blog.  ;)


Gênesis - Bernard Beckett

Na ocasião em que a Terra foi arrasada pela Peste, os sobreviventes reuniram-se em uma nova sociedade. Separados do mundo exterior por uma cerca em pleno oceano, vivem em absoluto isolamento – aviões que se aproximam são abatidos; refugiados, executados. Até que um soldado escolhe romper com as regras e, em vez de disparar, resgata das águas uma menina. Seu nome é Adam Forde. Ele muda para sempre o curso da História. Anaximandra, uma jovem de 14 anos, estudou a fundo esses dados históricos. Numa sala com pouca luz ela está sentada diante de três Examinadores para uma exaustiva prova de quatro horas. Adam Forde, seu herói, morto há bastante tempo, é o tema do exame. Se aprovada, ela será admitida na Academia – a instituição de elite que governa aquela sociedade utópica. Anax, porém, está prestes a descobrir que nem tudo consta dos registros acadêmicos. Há fatos, imagens, arquivos a que nem todos têm acesso. Antes que a avaliação termine, virão à tona o obscuro segredo da Academia e a realidade assustadora daquele admirável mundo novo.

Inquietante e de uma ingenuidade encantadora, Gênesis conduz a um futuro em que antigas – e eternas – questões filosóficas se chocam com o avanço tecnológico – quando o significado de ser humano, ter consciência e ter alma tornam-se questões centrais.

- Não tenho muito que falar sobre Gênesis, apenas sinto-me bastante empolgada com a proposta da obra. Acho que será o tipo de leitura que realizarei atentamente, porém, de forma bem prazerosa.


Comprometida (Uma História de Amor) - Elizabeth Gilbert 

A história de Comprometida começa 18 meses depois do fim do livro anterior, crônica sobre o ano em que a autora enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado até que se livrou de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo, sozinha. Nos últimos capítulos de Comer, Rezar, Amar, Liz Gilbert conhece o brasileiro Felipe. Naturalizado australiano e divorciado, ele vivia na Indonésia quando conheceu Liz, 17 anos mais nova - é ele o "coroa" da dedicatória do novo livro escrita em português até na edição de língua inglesa. "Perto do fim da viagem, encontrei Felipe, que havia anos morava sozinho e tranquilo em Bali. O que veio em seguida foi atração, depois uma lenta corte e, finalmente, para nosso espanto mútuo, amor".

- Acredito que este livro já fez parte das indicações ofertadas aqui no blog, entretanto não podia deixar de citá-lo. Apesar de não criar tantas expectativas (positivas) acerca de Comprometida, tenho sim muita vontade em lê-lo. Comer Rezar Amar foi um dos livros mais bacanas que li no ano passado, então não posso deixar essa leitura passar despercebida.


Cartas para Julieta - Lise Friedman e Ceil Friedman

A lenda do casal apaixonado de Shakespeare atrai visitantes à Verona, na Itália, todos os anos. Todos os dias, cartas, que costumam ter como endereço simplesmente 'Julieta, Verona', chegam à cidade. Chegam aos montes, em quase todas as línguas possíveis e imagináveis, escritas por românticos que buscam os conselhos de Julieta. E, surpreendentemente, nenhuma fica sem resposta. 'Cartas para Julieta' conta a história dessas cartas e dos voluntários que vêm escrevendo respostas para elas durante mais de sete décadas. O livro reconstitui a história por trás da peça de Shakespeare e leva o leitor até os monumentos que alimentaram a lenda de Julieta e seu Romeu.

- Assisti a adaptação cinematográfica dessa obra há algum tempo, e me senti completamente apaixonada e maravilhada pelo direcionamento que a mesma tomou. Aposto que o lindo é ainda mais encantador, por isso, de forma alguma deixarei de lê-lo.

Por hoje é só, pessoal! Até mais.  :*

Olá, leitores!  \Õ/


Trouxermos hoje a segunda edição da nossa nova coluna intitulada de Destaques do Mês. Lembrando que seu propósito é divulgar e apresentar autores que andam se destacando visivelmente no mercado literário. Esta se constituirá de uma biografia, um lançamento, e um outro título do mesmo autor.
Dentre muitos, o escolhido da vez é o Scott Westerfeld, que possui livros publicados tanto pela Editora Galera Record, como pela Editora iD. Vamos conferir?


O Destaques do Mês é uma coluna referente à proeminência de autores, lançamentos e obras aclamadas que possuem em comum um direcionamento temático. Dada à ênfase, esta será ofertada uma vez por mês, como já diz o próprio nome.


Autor destaque e sua biografia:


Scott Westerfeld é autor de dezoito livros, onde seu foco encontra-se principalmente no gênero ficção-científica. Cinco de suas obras são destinadas à adultos, e as outras treze são para jovens. Nasceu em 05 de maio de 1963, no Texas, sendo que agora reside agora divide seu tempo entre Sydney, Austrália e Nova Iorque, EUA. Quando criança, Scott mudou-se para a Califórnia para ajudar no trabalho de seu pai, que era um programador de computador. Assim, presenciou o mesmo trabalhar com aviões, submarinos, além das missões Apollo. Como um início de carreira, Westerfeld foi um compositor, descobrindo em seguida sua paixão pela escrita. Na década de 1980, Scott se mudou para Nova York, que inspirou seu livro Metamorfose, e em 2001 ele se casou com a escritora australiana Justine Larbalestier. Seu trabalho mais requisitado está na série Feios, ambientado em um futuro onde a cirurgia estética é obrigatória para qualquer pessoa quando completar 16 anos de idade, fazendo com que todos sejam lindos. Claro, existem algumas pessoas que querem manter suas próprias faces, e isso gera possíveis conflitos com o governo. A série consiste de uma trilogia (Feios, Perfeitos e Especiais), bem como um novo acompanhante, Extras.


Bibliografia:
  • The Risen Empire (2003);
  • The Killing of Worlds (2003);
  • Peeps (2005);
  • So Yesterday (2004):
  • The Last Days.
  • Midnighters série:
 A Hora Secreta (2004);
 No Limiar da Escuridão (2005);
 Tarde Azul (2006).
  • Uglies série: 
Feios (2005);
Perfeitos (2005);
Especiais (2006);
Extras (2007);
Guia da Série (2008).
  • Leviathan série:
Leviathan (2009);
Behemoth (2010);
Goliath (2011).


Lançamento atual:

O que até então era apenas uma trilogia, acabou ganhando um quarto título intitulado de Extras. Nesta quarta obra da série Feios, A Era da Perfeição ficou no passado. A libertação promovida graças aos esforços de Tally Youngblood deu fim a uma cultura onde a beleza e as modificações cerebrais, que transformavam todos em avoados, eram as bases do sistema. Nesse novo mundo onde Aya Fuse — não apenas uma Feia de 15 anos, mas uma Extra — tenta sobreviver, existe uma coisa muito mais importante e poderosa do que a beleza: a fama. Ocupando o 451.611º lugar em uma tabela que mede a popularidade das pessoas, Aya é só uma Extra nesse complexo sistema social. Mas a descoberta de um grupo de misteriosas meninas que se arriscam a surfar em trens magnéticos pode ser a oportunidade perfeita para alcançar o seu lugar no topo. Uma matéria tão boa que irá despertar o interesse de todo mundo, incluindo alguém há muito desaparecido.

Dotado de críticas extremamente positivas, a série Feios tornou-se um fenômeno em meio ao mercado literário, ofertando aos fãs um mundo novo, cheio de reviravoltas, e extremamente instigante.


Uma das obras mais aclamadas:

A Hora Secreta, primeiro livro da série Midnighters, nos leva à um enredo cheio de mistérios e fantasias. Em Bixby, Oklahoma, os dias possuem 25 horas. Mas apenas para alguns. Todas as noites, durante uma hora, a cidade de Bixby fica entregue a criaturas das trevas que assombram o local. Apenas um pequeno grupo de adolescentes sabe da Hora Secreta, e eles são os únicos que conseguem se mover durante esse tempo, que mais precisamente começa à meia-noite. Eles se autodenominam 'Midnighters'.

Pouco conhecida por alguns, queridíssima por outros. Assim é a série Midnighters, que além de diferente, nos oferta momentos de mistérios que vão além. Uma excelente dica para os amantes do gênero.  ;)