''Não é fácil ser Drummond.''
(Marcelo Zago, estátua-viva do poeta homenageado desta edição.)
A extensão da homenagem a Drummond e a leitura de poemas do mesmo na abertura de todas as mesas foram o auge da FLIP 2012, pois, assim, o público teve um acesso mais direto à obra do homenageado, e a Tenda dos Autores testemunhou cenas memoráveis, como a leitura do ''Poema de sete faces'' pelo poeta sírio Adonis, em tradução para o árabe feita pelo próprio, a partir da versão em francês.
Fonte: O Globo
A FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), que aconteceu entre os dias 4 e 8 de julho, é o tipo de evento que qualquer amante da literatura, dos clássicos, e interessados em tratar sobre diversos assuntos do mundo literário no geral, além da comunicação como mass media, deve participar. Diferentemente da Bienal, a Flip deve ser apreciada com cautela e precisão, pois suas discussões, homenagens e demonstrações vão além. Não que a Flip seja mais importante que a Bienal, ou vice e versa... ambas são extraordinárias mas nessa Festa você não pode simplesmente 'correr'. Para um verdadeiro aproveitamento deve-se não apenas conversar, mas também assistir, debater, interagir. Apreciar! Pois é como se você fosse capaz de ver a literatura ali, bem diante dos seus olhos. Há nomes importantes, há assuntos primordiais e há uma importância singular. E quanto a isso não há preço!
A décima edição da Festa Literária marcou a consolidação de um modelo desenvolvido ao longo da ultima década. A prova disso foram os assuntos debatidos, os nomes destacados e as participações que pipocaram e que deixaram todos bastante satisfeitos com seus respectivos trabalhos realizados. A FLIP contou com uma média de 135 eventos e cerca de 25.000 pessoas passando por Paraty nos cinco dias de festa, sem contar com as 170.000 pessoas atingidas no facebook. É muita repercussão, e que com certeza deverá ser amplificada nos anos seguintes.
"Acho que, basicamente, nós escritores estamos
tentando salvar a humanidade através do divertimento”
(Jonathan Franzen, durante seu debate.)
(Jonathan Franzen, durante seu debate.)
Outro ponto marcante na qual gostaria de destacar, frisando ainda acerca da importância dessa festa, foi às discussões e debates sobre assuntos, como os rumos da literatura, a forma como os escritores andam escrevendo suas obras (e a forma como eles são vistos pelos leitores), qual a função de um livro sério, acerca do divertimento e entretenimento, prêmio Nobel e vários outros temas que com certeza deve interessar muita gente.
Claro, como nem tudo são flores ocorreu alguns probleminhas, sim, considerados os pontos baixos, como a questão da desistência, os altos preços, a infraestrutura... no meu caso, o problema mesmo foi não ter ido a essa festa. Acredito que ela não foi de fácil acesso para muitos de nós, amantes da literatura, como foi o meu caso. Mas, se incidir a oportunidade, não percam a chance de participarem de um evento como esse (pois é o que farei também). Como bem disse Miguel Conde, curador da Festa, ''A Flip entra cada ano apresentando um panorama do que há de mais interessante acontecendo na Literatura mundial e brasileira, dando espaço para novos autores e os consagrados.'' E isso, com toda a certeza, é do interesse de todos nós.
''Comecei a escrever pra parar de enlouquecer. Precisava enlouquecer os outros.''
(Hanif Kureishi)
(Hanif Kureishi)
E que venham mais festas literárias por aí...
Este evento eu gostaria muito de ter ido.
ResponderExcluirFoi muito importante, e espero cada vez mais possamos ver a literatura espalhada pelo Brasil.
Bjos!!
Cida
Moonlight Books
@c_i_d_a
Ah, cara, não morro sem ir na FLIP. Paraty é uma cidade cara para cacete, mas com um pouquinho de planejamento (e uns meses comprando menos livros) até rola...
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