"A Menina Que Roubava Livros", escrito por Markus Zusak, comemora hoje sua primeira década de lançamento aqui no Brasil. Por isso, eu não poderia deixar de homenagear essa belíssima história, que roubou meu coração – e que me fez pensar, pela primeira vez, sobre a fragilidade da vida.

Imagem: Google.

Diferentes coisas me agradaram nesse livro a ponto de torná-lo o meu favorito (e a minha desculpa, naquela época, para ler mais e mais). Dentre eles estão: a originalidade da trama, narrada pela Morte e vista sob a ótica de uma criança; as teorias da Morte sobre a conduta humana, além do modo como ela se distrai acompanhando a curta existência das pessoas (vale ressaltar que, por outro lado, com tantas mortes nesse período de guerra, a ceifadora de almas teve muito trabalho a fazer); a paixão de Liesel pelas palavras, o que a fazia roubar livros, mesmo sem o domínio da leitura; o fato de não haver pressa na trama, já que tudo é desenrolado calmamente, mas sem cansar o leitor; a leveza da história ainda que em um cenário de horror; a própria temática de guerra, cujo fator sobrevivência fora destaque; a mistura singular dos elementos amizade, família e confiança; a reflexão, de forma pura, sobre a liberdade e responsabilidade que as pessoas tem em mãos, além de suas consciências; e a gama de personagens cativantes e tão bem construídos.

É por isso que A Menina Que Roubava Livros me trouxe uma experiência tão gratificante, porque, além de tudo que já foi citado, ela oferece uma história linda, mas ambientada numa época triste. Por trás de toda a pureza e simplicidade existe uma sociedade devastada por um conflito global de nações opostas que custou a vida de muitos inocentes. Esse hibridismo mexeu muito comigo... e me ganhou.
 
A mim também. Imagem: Google.

Portanto, posso afirmar que há dez anos minha vida ganhou cor, pois, através da pequena Liesel, eu pude vislumbrar a grandiosidade desse universo literário, que até então tinha sido pouco explorado por mim. Foi assim que eu entendi o que as palavras trariam para a mim, o que a leitura constante poderia me proporcionar. Sem dúvidas esse é o livro precursor da minha vida de leitora. Foi daí que tudo começou, e eu devo muito ao Zusak por isso.

Abraços!


2 Comentários

  1. Que linda homenagem, Fran! A Menina que Roubava Livros é mesmo um livro sensacional e creio que mudou a vida de muitas pessoas assim como mudou as nossas. Creio que são livros como esse que justificam aquela frase sobre livros mudarem as pessoas e as pessoas mudarem o mundo. Pois como você bem disse, trata-se de uma trama repleta de nuances e reflexões. E agradecemos muito ao Zusak por escrevê-la. Ótimo post.

    Beijos!

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  2. E você acredita que vi o filme mas até hoje não consegui ler o livro? Não consegui vencer as páginas iniciais, achando muito chato.....mas ele está aqui, ainda tenho esperança de ler ♥
    bjs

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