Título: O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince)
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Edição: 48ª
Editora: AGIR
Páginas: 94
ISBN: 9788522005239
Nota: 4 de 5

Sob o título original de “Le Petit Prince”, Antoine de Saint-Exupéry nos remete a uma narrativa pura e rica em ensinamentos em tom de fábula. Sua publicação, dada originalmente em 1943 nos Estados Unidos por motivos de exílio do escritor, teve sua edição francesa apenas em 1945, pela Librairie Gallimard.

Esta singela história com 27 capítulos, reflete os valores da amizade, do desapego, do amor ao próximo e na capacidade de poder doar-se ao outro: uma mensagem de paz em tempos de guerra. Mensagem dedicada às crianças, por toda a sua pureza, mas por que não dedicado também aos adultos? Afinal, nunca é tarde para atrair para si lições como essas... É exatamente isso que o livro propõe.

“Livro de criança? Com certeza.
Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi.”
(Contracapa)
A narrativa é repleta de personagens que nos levam a reflexão por meio de metáforas: o rei, o geógrafo, a raposa (personagem mais conhecida), o contador, o bêbado, a rosa... Dá-se início quando o pequeno avião do principezinho o deixa em pleno deserto do Saara. Depois de adormecer nas areias, é acordado por uma criança que lhe pede um desenho de um carneiro. “É ai que começa o relato das fantasias e sonhos de uma criança, como tantas outras, que questionam com pureza e ingenuidade as coisas mais simples da vida.” Vivendo em um asteroide, inicia sua jornada por 7 planetas (contando a Terra), onde o Príncipe se deparou com as mais variadas criaturas, algumas tristes, solitárias ou até mesmo egoístas. Essa viagem só começou pelo fato da desilusão com sua rosa, achando que ela era egoísta e boba. Percebeu então, com sua experiência, que haviam mais rosas como a dele, mas que a dele, por ser dele, era única e especial. Percebemos então o valor da amizade e do amor expresso, posto que existem pessoas e pessoas, mas ninguém pode ser tão especial quanto o seu amigo, quanto uma pessoa que se ama muito.


“- Criar laços?
- Exatamente – disse a raposa – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti.  E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...”
(Pág. 66)
A raposa representa um antagonismo: no mundo real, é considerada um bicho traiçoeiro. Na história, é o ser que mais nos remete a valores e ensinamentos. Prova de que nem todos são como parecem ser...

É necessário que se perceba cada lição por detrás dos fatos. Descobre-se um verdadeiro mundo mais leal e puro, dotado somente de boas ações. Na leitura, nos enveredamos a algo que penetra no fundo da alma e do coração, reflexivo e altamente delicado... Encontramos “raposas” durante a nossa vida e às vezes não percebemos, mas certo é que elas sempre deixam um pouco de si dentro de nós.

Segredinho da raposa revelado ao principezinho: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”
(Pág.70)
"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para fazê-lo feliz quando a contempla."

Estamos lidando com uma fábula sobre amizade, solidariedade e desapego, onde a junção das pequenas histórias contadas acomete à realidade. Acontece que a realidade propriamente dita está longe de ser casta, e é por isso que o livro nos propõe uma conjectura maior sobre o valor das pequenas coisas da vida, como amar o próximo, ou dar valor a uma grande amizade e ao que realmente importa, por exemplo. Em outras palavras, a obra quer transmitir os sentimentos existentes dentro do coração de cada ser humano, que muitas vezes estão ocultos, onde, na maioria das ocasiões, não deixamos transparecer em meio aos afazeres do dia a dia.

A obra é possuidora de uma linguagem de fácil entendimento. Os capítulos são curtos, e há ilustrações por toda a parte. É sublime, triste, mas carregado de emoções. Possui passagens e trechos maravilhosos, donos de uma forma cativante que não há como explicar, apenas... só sabe quem sente. Arrisque-se nesta viagem da mente! Garantimos que ela deixará marcas em você, principalmente em seu coração.

5 Comentários

  1. Vejo muita gente falando de O Pequeno Principe, e eu sou louca para ler, mas sempre que surge uma oportunidade eu acabo pegando outro livro =/
    Eu até posso nao gostar, mas é um classico, e toda leitora que se preze lê né? rs

    Beijos

    Ana
    www.euleitora.com.br

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  2. Oi meninas :D
    Li esse livro ano passado para uma prova, o que então não teve como eu apreciar a obra o bastante para poder dizer que adorei... E por si só, a obra já é clássico, não há como dizer não *-*
    Mais espero ter um tempo livre e poder lê-lo novamente.

    Beijos :*
    Ótima resenha :D
    Natalia. http://musicaselivros.blogspot.com/
    Espero vocês por lá.

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  3. Oi!
    Esse livro é ótimo! Pra mim foi o verdadeiro "ler nas entrelinhas", pois ele passa uma mensagem incrível!
    Ótima resenha! Bom ver o blog em ativa de novo :D

    Beijos, Kamila
    http://vicio-de-leitura.blogspot.com/

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  4. Olá, tudo bem?
    Esse livro é um clássico
    Acho que todos devem ler
    E já faz um tempo que li, e foi muito bom
    Mas preciso ler novamente

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com

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  5. A palavra que você usou e que eu acho que caracteriza perfeitamente esse livro é: sublime. O amor e a amizade são retratados de forma belissima e os personagens são super bem desenvolvidos. Encantam com uma facilidade imensa! Li com uns 11 anos e gostei bastante, desde lá só li uma segunda vez, mas é uma obra que sempre vai marcar meu inicio de amor pela literatura. Lindo! :)

    Beijos

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